Pão e circo

No outro dia fui ver uma peça -Os Renascentistas - do teatro A Barraca.

Uma das coisas para que me chamou à atenção foi o facto de a arte (nas suas mais variadas formas -literatura, teatro, música, dança, escultura, cinema, etc...) continuar a ser um filho bastardo em Portugal. Melhor concretizando este pensamento, não tanto a arte, mas as pessoas que se dedicam a ela...é difícil ser "artista".

O espectáculo tinha em vista promover um balanço e uma homenagem a um dos sectores de trabalho que mais nos são caros em Portugal : a cultura.

Como descreve o próprio encenador, Hélder Costa -" A peça tentará demonstrar que não existe antagonismo real entre cultura elaborada a partir de fonte de erudição, e o pensamento e a escrita que florescem na prática da vida e na raiz popular. Porque, há que procurar ser culto sem ser elitista, e popular repudiando o populismo. (...)". Não podia deixar de concordar com esta última ideia.

Se ainda estiver em cena, aproveitem e vão ver...