Saturday, October 07, 2006

fumar ou não fumar!?...eis a questão!

O Tabaco é uma planta cujo nome científico é Nicotiana tabacum, da qual é extraída uma substância chamada nicotina.No tabaco podemos encontrar um número relativamente grande de substâncias tóxicas, como por exemplo terebentina, formol, amoníaco, naftalina, entre outras...Basta-me ler estas poucas linhas para perceber que fumar não é uma opção saudável!Muitas das substâncias aqui descritas são utilizadas para produtos de limpeza, por exemplo.
Posto isto, resta saber o que leva uma pessoa a adquirir um hábito tão nojento? ...provavelmente o desespero...sim!o desespero!, porque fumar é uma espécie de suicídio lento...mas, ainda assim, ainda que se queiram matar todos lentamente, eu não tinha nada a dizer, não fosse essa escolha individual interferir directamente com a minha esfera de direitos. Eu escolhi não fumar, foi a decisão que tomei! Tirando uma ou outra empresa multinacional de filtros para tabaco, não incomodo mais ninguém. Mas e um fumador? Será que TU fumador te lembras que não vives sozinho no mundo? Que existem outras pessoas à tua volta que tu prejudicas e incomodas sempre que acendes o teu cigarrinho e mexes o teu café lentamente, ou abres o teu jornal?! (quem diz cigarro, diz charuto, cigarrilha e tantas outras coisas que existem no infindável universo do fumador.)
Há uma falta de responsabilidade social que é obra!...uma pessoa anda de metro, um sítio onde existem cartazes e imagens bem visíveis a dizer "não fumar"por todo o lado, e ainda à poucos dias dei com um tipo a fumar descansadamente o seu cigarro mesmo por debaixo de um desses cartazes!...ninguém quis saber...e realmente...o que lhe poderia acontecer?! Não há qualquer tipo de sanção pecuniária para isso...porque, infelizmente, as pessoas só compreendem a linguagem do dinheiro- não fazem algo porque devem, porque é moralmente correcto...só não o fazem, ou a contrario,só o fazem, porque não querem pagar a "multazinha"!...E isto é triste! Eu já ficava contente se o governo se preocupasse em regulamentar a situação de se fumar num espaço público...mas o governo quer lá saber se eu ando contente ou não...afinal, sou não fumadora!...e em Portugal parece que só os fumadores têm direito à existência...

4 comments:

Fragoso said...

APOIADO!!:D

Fragoso said...

ps: belo relógio!!

Anonymous said...

Boas tardes. Gostei de ler o que escreveste, mas não pude deixar de escrever qualquer coisa.
Tu própria dizes que é o individuo que faz a sua escolha, logo tenho que discordar contigo em relação à existência deste teu blog, que a meu ver não tem uma boa linha de orientação. Passo a explicar...
Sou fumador e bebo sempre que saio à noite, no entanto senti que, pelo que dizes, sou quase um criminoso. Acho que as tuas "críticas" deviam estar apontadas ao comportamento humano, à boa (ou má) educação e ao civismo (ou falta dele), e não aos vicios que daí possam surgir. Sempre que bebo sei que posso vir a ficar alterado, no entanto tive uma educaçao e guio-me por uns principios em que faço os possiveis para nao incomodar ninguem. O mesmo pode ser adaptado à situação do tabaco. Sempre que acendo um cigarro (mesmo em minha casa), certifico-me que não vou incomodar ninguem. Comparando com o tal senhor que fumava por baixo do cartaz que dizia proibido fumar, pergunto-te: afinal o que é que está errado? Será o acto ou o comportamento que leva ao acto?
Se tomarmos em conta que há, por exemplo, pessoas que se fingem incapacitadas para poderem pedir esmola, ou mães que nao fazem nada e, no entanto, vês os filhos nos semáforos a pedir, diria mesmo que o alcool e o tabaco sao a menor das preocupaçoes. Claro que não somos nós nestes blogs que vamos mudar a maneira de pensar do mundo inteiro, mas é sempre um bom começo mostrar e observar que o que pensamos nem sempre esta certo e nem sempre a nossa maneira de ver as coisas pode ser a mais correcta. Cumprimentos

manel said...

Quero começar por dizer que concordo inteiramente com a tua opinião! Também eu escolhi não fumar, exactamente por ter achado que perdia muito mais do que ganhava. Em relação ao motivo que leva as pessoas a começar a fumar só consigo apontar um: inserção social. Se formos ver acaba por ser exactamente o motivo principal que leva a maior parte das pessoas a beber alcool (tirando na russia e talvez nas beiras!). Apesar de não ser fumador, iniciei-me quando era miudo nestas andanças do tabaco, exactamente para poder pertencer à malta fixe, aquela malta porreira que é rebelde e contra-corrente. (Ironia do destino, contra corrente hoje em dia é não ser fumador!) Passada essa fase da necessidade de pertença só existe apenas o vício, na minha opinião (atenção que aponto aqui uma experiência pessoal, para não se dar o caso de estar a falar do que não sei!).
Faz-me imensa confusão ver pessoas ás 8.00 da manha paradas no transito a fumar cigarros, ao mesmo tempo que se chateiam por ali estar paradas. Não vejo ali prazer nenhum, vejo vício, vejo uma necessidade incontrolada de fumar aquele cigarro para se acalmarem. Contudo defendo que deve ser uma escolha. E respeito (ou tento respeitar) quem fuma.
Agora parece-me ser preciso abordar o outro lado do problema: os outros. Neste problema quero também abordar a opinião do Pedro Maria. Pessoalmente (e acho que a Filipa pensa da mesma maneira!) não recrimino o vício que cada pessoa tem. Recrimino sim se entra na esfera juridica de outra pessoa! (Bom termo, jurista!). O Pedro refere que o texto da Filipa o faz sentir-se criminoso. Eu acho que o Pedro é criminoso (Não quero ser mal interpretado, este termo é figurativo, se bem que não é tão figurativo quanto isso, adequa-se bastante à realidade!). Não pelo acto de fumar, sim pelo acto de fumar em discotecas, ou em qualquer tipo de locais publicos fechados,por exemplo, onde o fumo passivo contribui para uma maior probabilidade do aparecimento de celulas cancerigenas em todas as pessoas que se encontrem ali fechadas. Atenção, condeno sobretudo os governos sucesivos em portugal que não têm coragem política para proibir este acto dos locais publicos. Mais tarde o Pedro refere que tenta ter uma conduta cívica, certificando-se que o fumo dele não incomoda ninguém. Acho que a sua conduta de louvar, se bem que o termo "incomodar" é puramente simbolico e sem qualquer tipo de substância. Não estamos a falar da questão de eu não me sentir confortável, ou de não gostar do cheiro, ou de não gostar da imagem de ver alguém a fumar um cigarro. Estamos a falar da minha saúde, da saúde da Filipa e da saúde dos outros não fumadores todos que vêm a sua escolha de não fumar ser completamente atropelada pela escolha dos fumadores. Ser reparares bem, hoje em dia qualquer tentativa de corrigir esta situação é completamente ridícula. Basta ver os restaurantes com têm zonas de fumadores e de não fumadores. Não havendo uma separação física com portas e paredes acaba por ser uma medida ridicula. Aqui há tempos, o governo (não me lembro qual deles, para mim são todos igualmente maus...) decidiu criar um decreto-lei para proibir
o acto de fumar em locais fechados de utilização publica de modo a proteger os não fumadores (atenção para o facto de muitos fumadores terem achado que isto era uma medida para reduzir o numero de fumadores existentes em portugal, quando o objectivo não era esse, era sim proteger os não fumadores!). Umas semanas mais tarde alteraram o projecto para o seguinte formato: os donos dos estabelecimentos fechados de utilização pública podem escolher se querem proibir ou não os seus utentes de fumar. Este género de acção política acaba por ser puramente simbólico e ineficaz.
Para acabar quero apenas referir uma coisa: Eu sou totalmente a favor da escolha, da autonomia e liberdade do ser humano, que acho dever ser aplicada a todos os seres humanos do planeta. Isto faz com que eu seja um anarquista por excelência (sim, quero acreditar na utopia, não na sua realização a 100%, mas numa ideia muito proxima disso! - nota: defendo uma via democratica para o caminho da anarquia, não concordo com a anarquia que se desenvolve a partir do comunismo, acho-a morta à partida!), que vê na democracia o melhor estado de organização predecessor do regime que acho ideal (uma sociedade que seja cada vez mais educada, ganha cada vez mais bom-senso; com a existência de bom-senso acaba por haver menor necessidade de leis: começando por aquelas que obrigam a apanhar os presentes de cão do passeio acabando nas mais importantes, como a questão do aborto, legalização de drogas, prostituição, etc).
Quero com isto dizer o seguinte: apesar de ser sempre a favor da escolha educada e livre, ainda falta educar (pela via do pensamento e da critica, nunca pela via da tradição e do que sempre se fez! - na maior parte dos casos fez-se mal!) a sociedade moderna em geral e os portugueses em particular, o que me leva ainda a concordar com a necessidade de legislar determinados comportamentos actualmente.
Espero ter-me explicado bem, se nao perceberam nada a culpa é provavelmente minha. Oh, well...
Desculpem o testamento.