Tuesday, January 30, 2007

Queremos uma lei que não criminalize as mulheres

Atente-se a exemplos de alguns países:

Alemanha - A IVG é permitida até às 12 semanas, a pedido da mulher, após apresentação de certificado médico que comprove ter tido aconselhamento nomínimo 3 dias antes da IVG.

Bélgica - A IVG é permitida até às 12 semanas, quando a gravidez coloca amulher numa situação insuportável.

Bulgária - A IVG é permitida até às 12 semanas. Após este período, apenas épermitida se houver risco de vida para a mulher.

Dinamarca - A IVG é permitida até às 12 semanas, a pedido da mulher,mediante a apresentação de um requerimento a um médico ou centro social, queaconselhará a mulher e a encaminhará para um hospital, se mantiver aintenção de interromper. Após as 12 semanas, quando a mulher esteja inapta atomar conta da criança de forma responsável, nomeadamente por ser nova ouimatura.

França - A IVG é permitida até às 12 semanas, por solicitação da mulher. E até ao segundo trimestre por razões médicas. Tem um período de ponderaçãoobrigatório (mínimo 8 dias). No caso de se tratar de jovem menor de 18 anos,tem de ter consentimento de um dos pais ou de um representante legal.

Grécia - A IVG é permitida até às 12 semanas a pedido da mulher.

Holanda - A IVG é permitida até às 13 semanas por solicitação da mulher. Atéàs 24 semanas, quando comprovada a situação de dificuldade e falta dealternativa da mulher, tendo mantido o seu pedido de IVG.

Inglaterra - A IVG é permitida até às 24 semanas. Para além das 24 semanas,nos casos de risco para a vida da mãe, risco de grave e permanente doençapara a mãe e nos casos de risco de séria deficiência do feto.

Itália - A IVG é permitida até aos 90 dias, quando constitui grave perigopara a saúde das mulheres. São consideradas válidas as suas condiçõeseconómicas, sociais e familiares e/ou as circunstâncias em que se realizou aconcepção.

Noruega - A IVG é permitida até às 12 semanas, a pedido da mulher.

Suécia - A IVG é permitida até às 18 semanas, por solicitação da mulher eaté às 22 semanas por motivos de força maior (ex: inviabilidade do feto).

Esta é a realidade! Seguindo os argumentos do Não! e o discurso do PAPA!(...e eu a pensar que havia separação da igreja do Estado...),todos estes países e os milhões de cidadãos que envolvem são terroristas e assassinos. Ora, tal não faz sentido. Basta de tanta mentira e chantagem!11 de Fevereiro é dia de votar SIM !

Ai Portugal Portugal! Do que é que estás à espera?

No encontro que em Lisboa juntou eurodeputados pelo Sim foi salientado que, nos 27 países da União Europeia, só Portugal, Malta, Irlanda e Polónia perseguem as mulheres que interrompem voluntariamente a gravidez, o que foi considerado uma ‘vergonha' e um ‘atraso cultural'.
A eurodeputada Bertie Thompson, informou que na Dinamarca, o número de abortos por ano baixou 50%, desde que foi despenalizada a IVG há 34 anos. A eurodeputada Teresa Madurell, afirmou que o aumento do número de abortos em Espanha se deve à imigração e também ao elevado número de portuguesas que são forçadas a ir a Espanha abortar... façamos alguma coisa desta vez! Parece quase surreal que estas questões AINDA se estejam a discutir em Portugal em pleno século XXI!...
Pelo que tenho constatado, parece-me que as pessoas se têm desviado da questão. Volto, mais uma vez a frisar que o que está em causa é a PENALIZAÇÃO das mulheres que praticam um aborto, e não questões de ordem moralista, ou saber se bate ou não um coração...
A todos os que pensam votar "não" peço que reflictam sobre este pensamento - "Nunca digas desta água não beberei"...